domingo, 13 de março de 2011

Portugal - país à rasca

Ontem, sábado, foi o dia da nossa primeira grande manifestaçao de protesto contra o governo socialista convocada informaticamente. Juntaram-se centenas de milhares de manifestantes no Porto, em Lisboa e noutras cidades. Foi uma manifestação não apenas de jovens: havia avós, pais e netos, isto é, três gerações a clamar contra a precaridade em que se vive no nosso país. Temos um governo socialista, mas fosse ele de que cor fosse, o resultado seria precisamente o mesmo, porque toda a política atual assenta em bases que já não têm a consistência que exige uma sociedade que tem sofrido nas últimas décadas sacudidelas tão violentas como, ou mais, as que suportou a sociedade pós-revolução-industrial. Ora, a política, na sua essencia não mudou, logo não é eficaz. Não me perguntem qual é a solução mas deve haver quem, pelo menos teoricamente, saiba encontrar saídas. Mas não é com homens como os que temos ao leme desta jangada em que navegamos que encontramos o rumo correto. Tudo mudou e tudo sofreu não uma mas várias revoluções: revolução das comunicações, revolução tecnológica e revolução digital, todas interligadas mas particularmente individualizadas. Como se sai de três revoluções profundas e se mantém o mesmo tipo de governação? Tenho para mim que esta forma de governação é simplesmente aberrante e que nos vai obrigar a passar das boas(?) durante uns bons(?) largos anos até ao estouro final.

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